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domingo, 23 de novembro de 2014

E ele atravessou um comboio em hora de ponta para te ver. Não digas que não tens sorte, Lena. Para mim não há nada disso. Nem garotos a afastarem pessoas em comboios atarefados nem um sol que brilhe mais quando apareço nem um sinal vermelho que feche quando quero atravessar a rua. Para mim não há nada.
Até os pingos da chuva se afastam de mim, quando caem tão indeliberadamente. Sou imune, percebes?

Escrito num Fertagus apinhado, em hora de ponta e em dia de chuva.

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